sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Encosta-te a mim de Jorge Palma

Encosta-te a mim,nós já vivemos cem mil anos

encosta-te a mim,talvez eu esteja a exagerar

encosta-te a mim,dá cabo dos teus desenganos

não queiras ver quem eu não sou,deixa-me chegar.

Chegado da guerra,fiz tudo p´ra sobreviver

em nome da terra,no fundo p´ra te merecer

recebe-me bem,não desencantes os meus passos

faz de mim o teu herói,não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo

o que não vivi, hei-de inventar contigo

sei que não sei, às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,desatinamos tantas vezes

vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal

recebe esta pomba que não está armadilhada

foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis

em nome da estrada onde só quero ser feliz

enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada

vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo

o que não vivi,um dia hei-de inventar contigo

sei que não sei, às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem, encosta-te a mim

Enquanto ouves a musica, enquanto les a letra... Encosta-te a mim!

Mais uma vez descobri algo com que posso identificarnos, a mim, a ti, aos dois. Encosta-te a mim!

Fazes-me feliz!

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