segunda-feira, 28 de julho de 2008

Mesa - Luz Vaga

Luz vaga
luz vesga
a tua cruz
Já não sai da cama a minha luz
Da sala, do quarto.

Pilha a palavra
Troca a quantidade do
Assunto modal
A tensão está normal
O lábio fora da boca
A boca fora do mal

Os teus olhos
não são de gente
O teu ar foge para cima.
Tens a pedra no cimento,
tens a mão no pensamento.

Ciclope, cicloturismo
Na parte de fora
na nesga do abismo
Imaginário que remete, para onde
ainda não fui.

Convite ao universo
Com a tua própria câmara
Fecho a luz num olho
Prego a tábua à sensação.

Som da casa, quanto não estás.

Dancei para te ver aqui,
eu sei, que nada mais pode me ajudar
É do nono andar?
Sim, quis pedir ajuda, mas a língua estava morta.
Sei lá! Parei de olhar,
tenho uma corda acesa,
prestes a queimar.
Não és capaz de me levar a sério.
Vou saltar em teu lugar.

Sei que nada mais pode me ajudar.

Atrasa o passo
Leva um lenço à boca
Fica na mira do choque frontal
Não é doença é um animal
Um ruído feito no acto de fingir
seres mau, mesmo a dormir.
Eu até moro no nono andar...

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